terça-feira, 9 de outubro de 2007

Acabei com o livro do Irving Yalom

Acabo de terminar de ler o livro “Quando Nietzsche chorou” do psiquiatra Irving Yalom.

O livro tem um enredo agradável. Ler não se torna somente um passatempo, mas um enriquecimento devido a graciosidade com a qual o autor utiliza as palavras.

Claro que eu não vou contar o resumo do livro aqui; se quiser vai comprar o livro ou, faça como eu, pegue o emprestado numa biblioteca!!

A grande questão do livro é: Tratar O grande Filósofo Friedrich Nietzsche de sua tendência... aha calma! Não é tendência homossexual não (se bem que eu acho, que lá no fundo ele tinha uma quedinha...) na verdade é tendência ao suicídio.

Isso mesmo Nietzsche fica quase louco por causa da dita Lou Salomé; que mulher fantástica. À frente de seu tempo... incrível!

O livro então conta a historia de encontro entre o Dr. Breuer e o nosso filósofo(encontro fictício). Aquele médico usa o que seria o protótipo da psicanálise pra cuidar desse problema de Nietzsche. Entretanto, como ajudar alguém que considera a caridade nada mais nada menos do que a tentativa de adquirir poder? Isso mesmo, Nietzsche é fissurado nesse lance de poder. Ficar por baixo? NUNCA!!!

Daí o Dr Breuer encontra um jeito de fazer as análises com ele de uma maneira sutil: Nietzsche seria o curador da alma do Dr Breuer, isso o forçaria a ver no Dr Breuer seu próprio problema e então resolver o seu! Ufa....

O livro na verdade quer mostrar um Nietzsche mais humano, mais acessível, mais amigável e mais sensível. O autor, talvez por inferências dos textos do nosso filósofo tenta criar uma personalidade mais “aceitada dentro dos padrões” para Nietzsche.

É livro bom, mas poderia ser melhor...

Quatrocentas páginas que poderiam ser mais bem aproveitadas desenvolvendo um fundo mais interessante concernente à teoria da psicanálise. No tocante a esta teoria, o livro só mostra como se deu a curiosidade de Freud e do Dr Breuer pelo tema...através dos sonhos... que pena, este livro, mesmo sendo metaficção poderia ser mais bem utilizado se contasse com mais detalhes fáticos da teoria da psicanálise; não que eu desmereça os detalhes e os fatos apresentados pelo autor. FATO ALHO...

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Filadelfia = Philadelphia

Com a belíssima música do Bruce Springsteen apresenta-se a cidade "Filadelfia", cidade que dá nome ao filme que acabei de assistir.

É fantástico como uma representação artística pode influenciar em nossas vidas.

A essencia do filme se dá pelos papeis de um advogado que é demitido. Os donos da empresa dizem que a causa da demissão é falta de competencia da parte desse jovem e dedicado advogado-recém formado. Mas Andrew(Tom Hanks) sabe muito bem o real motivo: sua doença(aids) e principalmente, sua orientação sexual; isso mesmo Andrew Beckett é gay.

Ai se dá a grande trama. Andrew contrata o bem sucedido e homofóbico advogado Joe Miller (Denzel Washington). Este por sua vez é um grande personagem que vai mostrar, um reflexo da sociedade. Não tem amigos gays por medo se ser taxado de gay. Odeia os gays, mas uma situação na biblioteca (olha que legal) o faz mudar de idéia, pelo menos quanto a ajudar Andrew.

O filme se extende por vários momentos no tribunal, sendo uma boa indicação pra quem faz direito.

Várias cenas são interessantes. A festa gay na casa de Andrew, que conta com a presença do advogado de defesa de Andrew; agora um pouco mais tolerante. Outra cena interessante e marcante é a que segue a festa: Andrew num momento quase de transe com a música clássica...

Amizade. Superação. Dia a dia. Racismo. Homofobia. Alegria mesmo em situação difícil. Esses são alguns dos temas tratados pelo diretor Jonathan Demme. Filadelfia é um filme, se é que existe esta denominação: filme "de cabeceira".