domingo, 30 de dezembro de 2007





Não importa como, ou onde lhe conheci.


Ou quanto tempo irá durar esta paixão.


Não importa a distância que nos separa,


Nada me importa neste momento.


Só me importa saber


Que hoje


Eu amo você!!!




Foto: Nico Thielemann
Texto: Iraima Bagni

sábado, 29 de dezembro de 2007

Tem mais presença
em mim
Aquilo que me faz
falta

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Oh lord won´t you buy me a
Mercedes Benz
For me to drive the whole night
Till I get my
love again
???
??
?

Se voltar desejos Ou se eles foram mesmo,
Lembre da nossa música,
Música.
Se lembrar dos tempos,
Dos nossos momentos,
Lembre da nossa música,
Música.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Cidade Negra

Amor igual ao teu
Eu nunca mais terei
Amor que eu nunca vi igual
Que eu nunca mais verei

Amor que não se pede
Amor que não se mede
Que não se repete
Amor que não se pede
Amor que não se mede
Que não se repete

Você vai chegar em casa
Eu quero abrir a porta
Aonde você mora
Aonde você foi morar
Aonde foi
Não quero estar de fora
Aonde esta você
Eu tive que ir embora
Mesmo querendo ficar
Agora eu sei
Eu sei que eu fui embora
Agora eu quero você
De volta pra mim
Amor igual ao teu
Eu nunca mais terei

Amor que eu nunca vi igual
Que eu nunca mais verei

Amor que não se pede
Amor que não se mede
Que não se repete
Amor que não se pede
Amor que não se mede
Que não se repete
Amor igual ao teu
Eu nunca mais terei

Amor que eu nunca vi igual
Que eu nunca mais verei

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Ler um conto e tirar um ponto

Um dona de casa comportada, atenta e super altruísta. Essa é Evelyn Couch, atriz principal do filme "Tomates verdes fritos". Uma adaptação do livro de Fannie Flagg, Fried green tomatoes at whistle stop cafe.
O filme é belíssimo em mostrar uma senhora de 82 anos, Ninny Threadegood (o sobrenome é o mesmo da personagem da história contada por ela) contando a história de Idge e Ruth. Essa contação da história se dá em um hospital. A senhora Ninny está no hospital cuidando de uma amiga e Evelyn vai lá visitar a tia do marido, que não gosta dela. Veja só o altruísmo de Evelyn.
Ao passo que a senhora Ninny vai contando a história a Evelyn, por um efeito catártico, ela começa a mudar. Sua luta diária pra esquentar seu casamento, seu relacionamento com as outras pessoas e dai por diante. Ela começa inclusive a introjetar elementos da narativa do personagem em sua vida.
O lesbianisno é tratado no filme mais como um elemento "metafísico". Ruth e Idge, de acordo com o conto do Fannie Flagg, são íntimas demais, e o filme mostra apenas uma amizade incondiscional. Entretanto dá pra perceber alguns elementos que corroboram essa tese do lesbianismo, seja no beijo na lagoa; na convicção em tirar Ruth das garras do marido que bate nela; ou na hora de sua morte que Idge sente as dores da perda de um grande amor!
Com um retrato maravilhoso da vida de pessoas do interior e do verdadeiro sentido da vida, que nas palavras de Ninny é "ter verdadeiros amigos", o filme esboça a vontade de sempre querer as pessoas que amamos por perto sem ser egoístas a ponto de não percebermos a hora de sair de cena.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Babel

Nem todo latino deportado é bandido. Nem todo incidente ocorrido num país árabe é terrorismo. Nem toda jovem problemática vai se suicidar.
O que essas estórias têm em comum? Além de serem as estórias do filme Babel, todos têm algum ponto tangente; algo que liga cada uma das relações linearmente.
A música é sensacional; a fotografia então, nem se fala. Agora, o melhor de tudo é a quebra de paradigmas. A vida ocorre lá fora, ou até mesmo do seu lado. Já parou pra se perguntar qual é a carga histórica de cada pessoa que cruza por você diariamente?
Cada janela de um prédio esconde uma história mais do que instigante: surpreendente!
É com essa mesma idéia que Alejandro G. Iñarritu termina seu filme: com uma tomada que, ao meu ver, ilustra exatamente essa minha exegese.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Lady Chatterley de D. H. Lawrence


Capitu? Emma Bovary? Luísa?

Não.

Constance Reide , é mais do que uma personagem, é uma força interna projetada em forma de mulher.

Essa jovem, bela e rica mulher burguesa do início do século 20, casa-se com Clifford Chatterley, um rico militar, dito bom partido; mas o que estava acontecendo no início do século 20? Isso mesmo: A 1º Grande Guerra. E aquele bom partido foi a guerra e voltou "partido": paraplégico.

Paralisia no começo do casamento não é nada bom.

Dai, a jovem Constance, chamada de Connie, começa a viver uma vida pacata no interior. Cuidando da casa, dos empregados, uma vida caseiro-burocrática. O filme chega a mostrar a vida dela como sendo um verdadeiro tédio. A fotografia mostra as estações passando e nada acontecendo, verão, e nada, outono, e nada, iverno, e nada!

Mas, um dia, tudo muda. Connie vê, e através de um processo, que não sei se é pelo inconsciente coletivo ou pela quebra do superego, através das visitas à cabana onde trabalha o Caliente Parkin, que ela começa a se interessar por esse Homem. Dai tudo se desencadeia...

Ela vai começar a ver e sentir a vida de uma maneira diferente. Sexo na grama, na chuva, num casebre... e sexo não como obrigação, mas como uma válvula de escape da sua realidade enfadonha. Ta certo que o filme parece meio pornográfico, mas quem leu o livro já sabe do que acontece e é isso mesmo que o D H Lawrence quis passar, o sexo como meio de vida, a valorização da emoção do corpo durante o ato!

O toque, o cheiro, a lembrança... todos os elementos mostram uma Connie renovada, mesmo presa ao marido deficiente. Presa no sentido de estar casada.

O filme tem alguns elementos interessantes.

Crítica ao capitalismo selvagem que explorava as pessoas desprovidas de capital, isto é, os proletários.

Destaca uma filosofia bem interessante. O marido rico e que se diz culto diz que Parkin é um xulo, mas é Parkin quem faz a seguinte observação: "o que sei é que tenho esta vida pra viver"; se tem uma outra vida ninguém tem O ARGUMENTO pra provar, mas eu tenho todos ao meu lado pra comprovar que esta vida é fatual e a tenho pra viver.